Aborto

Aborto

direito-ao-abortoDesde muito tempo até hoje, é bastante discutida a questão da legalização do aborto, que trata-se da interrupção da gravidez pela “morte” do feto. De um lado feministas juntamente com apoio de diversos movimentos sociais lutam pela legalização, e do outro lado a igreja católica e outras organizações religiosas tentam condenar essa prática. Se parar para pensar, é um tanto absurdo o Brasil ainda não ter o aborto legalizado, sendo que é comprovado não só por esse motivo mas por outros, que os países que já abortaram essa prática tem um índice de desenvolvimento humano superior.

Há em média um milhão de mulheres fazendo aborto por ano em clinicas clandestinas e milhares delas sofrem de hemorragias ou outros problemas e acabam morrendo. E então pode-se perguntar, por que aceitar isso? Por que não dar a devida orientação médica e psicológica que elas deveriam receber? O aborto inseguro é uma realidade no país, e agora o assunto trata-se de uma questão de saúde pública, e as mulheres não devem pagar para realizá-lo, sobretudo as que sofrem de problemas econômicos, que acabam pagando com as suas próprias vidas. Algumas mulheres têm melhores condições e acesso a clínicas com todos os equipamentos e profissionais necessários, mas essa não é a realidade para a maioria das mulheres com dificuldades financeiras e que constituem a maior parte da população, e muitas vezes sem outras opções acabam por realizar o aborto inseguro, resultando em maiores riscos à saúde e à própria vida.aborto_legalizar

As mulheres têm sim o direito de decidir se querem ou não ter aquele filho, até por que são elas que vão de fato ter a criança e não o homem. E muitas vezes elas não têm as condições necessárias para se criar um filho. E muitas por sua vez, acabam literalmente dando as suas vidas, nessas clínicas clandestinas pela precariedade dos cuidados com a saúde. O aborto não deve ser permitido quando for somente casos de estupro ou quando por em risco a saúde da mãe, mas também como uma liberdade de escolha da mulher. O Estado não deve interferir de forma alguma na autonomia da gestante, cabe a ela decidir por si se a gravidez vai ser levada adiante, o consentimento da mesma deve ser obrigatório, e ela deve ter toda a ajuda médica e psicológica para a sua escolha.

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